O Egito Antigo: Principais cidades. |
Dinastia Período Datas (a.C.)
I-II Arcaico 3168-2705
III-VI Antigo Reino 2705-2250
VII-X Primeiro Intermédio 2250-2035
XI-XIII Reino Médio 2035-1668
XIV-XVIII Segundo Intermédio 1720-1550
XVIII-XX Novo Reino 1552-1070
XXI Tanita 1070-946
XXII-XXIV Líbio 946-712
XXV Kushita 712-664
XXVI Saíta 664-525
XXVII-XXXI Tardo 525-332
Formas de datação das obras de arte:
1. Atribuição ao reinado de um faraó particular através de inscrições na própria obra ou através do contexto arqueológico.
2. Atribuição a uma dinastia, através da análise do estilo.
Estátua do deus Ptah, XVIII dinastia, Museu Egípcio, Turim |
Contexto geral:
- Os egípcios são a formação de tribos nômades que no neolítico se estabeleceram em uma região fértil.
- Surge governos, estruturas hierárquicas até a formação de um império.
- Império formado com a unificação do Alto e Baixo Egito (refere-se ao relevo).
- Três milênios com uma mesma lógica artística dominante.
- Pouca variação da forma de fazer Arte durante as dinastias egípcias.
- Existência de um padrão geral na arte que eliminava a possibilidade de um estilo individual.
- Arte com função prática e ornamentadora. Deveria também agradar aos deuses.
- A religião domina todo o sistema de sociedade egípcia.
- Os sacerdotes mantinham a tradição coerente.
- Uma sociedade sofisticada que buscava super-organizar o mundo, para agradar aos deuses.
Painel de madeira recoberto de gesso |
- Membros e cabeça de perfil, tronco de frente.
- Estabelecimento de símbolos.
- Padrões de medida.
Pedra de Roseta, 196 a.C. (durante o reinado de Ptolomeu V), 114.4 cm x 72.3 cm x 27.9 cm, The British Museum (descoberta em 1799) |
- Intenção de passar uma ideia com poucos traços (minimalismo)
- Grande desenvolvimento da escrita
- Boa parte da arte egípcia foi desenvolvida em pedra.
- A partir do momento em que se decifram os hieróglifos na Pedra de Roseta é possível dar passos seguros a caminho da compreensão da cultura, história, mentalidade, modo de vida e naturalmente da motivação artística dos antigos egípcios.
Paleta de Narmer, c. 3100 a.C., 64 cm x 42.5 cm, Museu Egípcio, Cairo (encontrada em Hierakompolis) |
- Utilidade: Triturador de cosméticos.
- Evidencia o costume de ornamentação dos egípcios em objetos do cotidiano.
- Presença da cabeça da Deusa Hator, que personificava os princípios do amor, beleza, música, maternidade e alegria.
- Cena de punição com o Faraó e o escravo.
- Representação da conquista de território e dez homens decaptados.
- Cena de fuga
- Cena de dois escravos e dois seres fantasticos que criam com seus pescoços a parte do objeto que triturava as maquilhagens.
- Touro (A deusa) golpeanndo uma cidade e o inimigo.
- Nenhuma crença foi tão marcante na sociedade egípcia, ao longo de cinco mil anos, quanto a da vida após a morte. Nos túmulos pré-dinásticos, simples covas circulares cobertas de madeira, encimada por uma pilha de rochas e sedimentos, o morto era inumado em posição fetal, com a face voltada para o Oeste. Ao seu redor, eram depositados vasos cerâmicos, facas de sílex, adornos, entre outros objetos. Tais evidências refletem, respectivamente, o renascimento e a preocupação com o bem estar do morto no outro mundo. Em épocas dinásticas, notadamente após o Primeiro Período Intermediário, a vida além-túmulo seria acessível a todos os egípcios que providenciassem a mumificação de seus corpos, procedimento este extremamente necessário para a sobrevivência das demais partes que formavam o indivíduo.
- Igualmente importante era a preparação de um enxoval funerário, o qual incluía, além de alimentos e bebidas, o mobiliário que o falecido utilizou durante a vida (roupas, cosméticos, jóias, móveis ferramentas, etc.), bem como uma série de outros bens especialmente confeccionados para o uso na vida futura.
- Segundo o Livro dos Mortos, após o funeral, o akh do morto dirigia-se ao horizonte ocidental, onde ficava a Sala do Julgamento presidida pelo deus Osíris. Perante quarenta e dois deuses, o morto declarava sua inocência, enquanto em uma balança o seu coração (representação da consciência) era pesado contra a pena da deusa Maat (representação do equilíbrio), com o objetivo de verificar que o morto não houvesse mesmo cometido as quarenta e duas ações que contavam da “confissão negativa” (encantamento n° 125):
-“Ó tu, cujos passos são longos, que vens de Heliópolis, eu não menti.” e “Ó tu, que és abraçado pelo fogo, que vens de Khereha, eu não roubei.”
-A razão destas ações serem negadas demonstra que as mesmas faziam parte do cotidiano egípcio. Os próprios símbolos formadores das palavras “mentira e “roubo” refletem igualmente seu significado. Na palavra mentira, grg, o determinativo é um pequeno pássaro que representa ações pequenas ou mundanas; e na palavra roubo, awAi, o determinativo é um homem batendo com um bastão, sem dúvida uma ação repressora ou condenatória, o que demonstra que extraía-se confissões de quem roubava através de bastonadas nas palmas das mãos e nas solas dos pés.
- O morto, caso fosse considerado transgressor de alguma das quarenta e duas ações condenadas, fato que nunca aparece representado nas vinhetas dos papiros, teria seu akh devorado por uma criatura híbrida chamada Ammit, a “engolidora de almas”. Se fosse considerado puro, tornar-se-ia um justificado, mAa-xrw, e passaria a viver eternamente no reino do deus Osíris.
- Para os egípcios, a palavra pr, significava casa; esta mesma palavra era também utilizada para denominar a “tumba”, “Casa da Eternidade” . Os tipos de construções funerárias variaram muito no decorrer da história egípcia. Construíram-se tumbas de adobe, mastabas, pirâmides e hipogeus, todos com o mesmo objetivo: preservar o morto e seu enxoval funerário. Deveriam, portanto, ser estruturas eternas, um local seguro, resistente ao tempo e protegido contra os animais.
- Os sepulcros estavam localizados em áreas estratégicas, longe das enchentes periódicas do Nilo e respeitando duas concepções simbólicas: o deserto ocidental onde tudo perece e o local onde o sol se põe, ou seja, a morte.
- As construções eternas permaneceram, mas foram lesadas pela sua própria imponência: despertaram a atenção e, conseqüentemente, a cobiça entre os homens. A eternidade dos mortos estava ameaçada pela atividade de saqueadores movidos pela busca de tesouros.
- Os arquitetos dos Antigo e Médio Reinos, conscientes dos saques, tentaram resolver o problema incluindo passagens secretas, fossos e câmaras falsas no interior das tumbas. Todas as modificações foram ineficientes, muitas das mastabas e pirâmides em Gizé, Sakara, Dashur, Hawara, Lisht e El-Lahun foram encontradas completamente vazias (El-Nawaway, 1980: viii). Até a XVII dinastia, muitos sepulcros reais eram ligados aos templos funerários, onde os sacerdotes faziam oferendas diárias ao Ka do rei morto. Este culto funerário, na maioria dos casos, não perdurava senão por algum tempo após a inumação real; quando abandonado, o complexo funerário ficava à mercê de saqueadores.
- No início da XVIII dinastia, os faraós, preocupados com os constantes roubos, decidiram esconder os hipogeus, separando-os dos templos funerários. Amenhotep I foi o pioneiro na construção de sua tumba subterrânea na margem ocidental de Tebas, em um vale deserto chamado Biban el-Moluk, conhecido atualmente como “Vale dos Reis”.
Pirâmide de Djoser, 2700 – 2650 a.C., Menfi, Egito |
- Mastabas
- Arquiteto: Inhotepe.
- Simbolismo: Estrutura que serve como facilitadora na mediação Terra e céu.
Pirâmide de Quéfren e Esfinge, 2500 a.C., Gizé, Egito |
- Brilhava intensamente no deserto.
- Chamava muita atenção de saqueadores.
Estátuas de Rahotep e Nofret, c. 2360 a.C., 122 cm, Museu Egípcio, Cairo |
- Ombros triangularmente exagerados
- Escrita, ordem e seriedade
- A pele escura do homem era uma referecia à atividade ao ar livre, guerras e figura ativa
- A pele clara da mulher simbolizava uma figura dedicada as tarefas do lar que pouco se expõe ao sol.
Relevo de Tuthmosis III, 1479-1425 a.C., Karnak |
Ostraka, XIX ou XX dinastia |
Templo de Luxor, Egito |
- Mistura de elementos
Afresco proveniente da tomba de Nebamun, 1350c., British Museum, Londres. |
- Jardim do Além.
- Culturas diferentes de fauna e flora.
- Uma elite acostumada com o luxo.
- Arvores em posição frontal contornando o lago. Posições: Vertical para cima e horizontal. Não havia de ponta cabeça pois isso não agradaria à ordem dos deuses.
- Animais vistos de perfil.
- Pequeno lago visto de cima.
A revolução amarniana
O reino de Amenotep IV (1352-1338 a.C.) representou uma verdadeira ruptura histórica no plano político e administrativo, bem como no plano religioso e cultural. Amenotep IV, dois anos após subir ao trono, proclamou o deus Aton (O Disco Solar) como divindade suprema do Egito, em substituição ao deus Amon, e promoveu um movimento de intolerância religiosa com relação aos outros cultos. No quinto ano de seu reino, trocou seu nome Amenotep (Amon Está Satisfeito) para Akenaton (Explendor de Aton), e transferiu a capital de Tebas, sede do culto de Amon, para um lugar novo, Akenaten (O Horizonte de Aton), hoje conhecido como El-Amarna.
Relevo de Akenaton, 1352-1333 a.C., Altes Museum, Berlim |
- Pescoço fino e comprido
- Queixo e boca pronunciada
- Um quê de extraterrestre
Relevo de Akenaton e a família real, 1352-1333, Museu Egípcio, Cairo |
- Fervor místico.
- Desproporção do corpo.
- Pernas finas.
- Cabeça pontuda.
- Barriga pronunciada.
- Representação de Aton (O disco solar)
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- Sensação de movimento
- Raios solares que atingem toda a humanidade
Busto de Nefertiti, c. 1345 a.C., Neues Museum, Berlim |
- Retorno da tradição.
- Retorno do culto de Amon.
Máscara funerária de Tutankamun, 1332-1323 a.C., Museu Egípcio, Cairo |
- A naja e o abutre, que se erguem ameaçadores na testa do soberano para protegê-lo dos inimigos, são feitos com uma série de pedras duras e massas vítreas coloridas encaixadas no metal precioso. O longo e sinuoso corpo da naja, em ouro maciço desenrola-se acima do nemes com extremo realismo.
- Os olhos, contornados de azul como as sobrancelhas, são feitos com marchetaria usando a obsidiana (para a íris) e o quartzo (para a órbita). Um pequeno toque de vermelho nos cantos dos olhos garantem, ao olhar fixo do jovem soberano, uma inesperada sensação de realismo.
- O colar é formado por doze voltas de pequenas pérolas policromadas, das quais a mais externa imita pingentes em formato de gota. O fecho evoca duas cabeças de falcão apoiadas sobre os ombros. A parte posterior da máscara, na altura do dorso, apresenta um longo texto hieroglífico gravado no ouro , que coloca de maneira ideal os membros do faraó sob a proteção de outras divindades.
- lapislázuli
Estátua de Ramsés II, 1279-1213 a.C., 1.90 m, Museu Egípcio, Turim (proveniente de Tebas) |
- Realismo nos ombros.
- Retorno da tradição do estático.
- Vestuário de sacerdote.
- Período que antecede uma série de acontecimentos que fazem com que essa grande civilização entre em decadência.
Alexandre o Grande levado por Hórus até Amon, Período ptolemaico (séc. IV a.C.), Luxor |
- Alexandre o Grande domina o Egito.
- O novo Rei compreendeu que uma maneira de ele impor o seu poder sobre uma civilização extremamente religiosa era inserindo-se na mitologia egípcia.
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